#MOSQUITONÃO

A Secretaria de Saúde através do ACE está orientando a população que a dengue faz parte de um grupo de doenças denominadas arboviroses, que se caracterizam por serem causadas por vírus transmitidos por vetores artrópodes.

No Brasil, o vetor da dengue é a fêmea do mosquito Aedes aegypti (significa “odioso do Egito). Aspectos como a urbanização, o crescimento desordenado da população, o saneamento básico deficitário e os fatores climáticos mantêm as condições favoráveis para a presença do vetor, com reflexos na dinâmica de transmissão desses arbovírus.

A dengue possui padrão sazonal, com aumento do número de casos e o risco para epidemias, principalmente entre os meses de outubro de um ano a maio do ano seguinte.

A dengue é uma doença febril aguda, sistêmica, dinâmica, debilitante e autolimitada.

A maioria dos doentes se recuperam, porém, parte deles podem progredir para formas graves, inclusive virem a óbito.

A quase totalidade dos óbitos por dengue é evitável e depende, na maioria das vezes, da qualidade da assistência prestada e organização da rede de serviços de saúde.

Todo indivíduo que apresentar febre (39°C a 40°C) de início repentino e apresentar pelo menos duas das seguintes manifestações – dor de cabeça, prostração, dores musculares e/ou articulares e dor atrás dos olhos – deve procurar imediatamente um serviço de saúde, a fim de obter tratamento oportuno.

No entanto, após o período febril deve-se ficar atento. Com o declínio da febre (entre 3° e o 7° dia do início da doença), sinais de alarme podem estar presentes e marcar o início da piora no indivíduo. Esses sinais indicam o extravasamento de plasma dos vasos sanguíneos e/ou hemorragias, sendo assim caracterizados:

• dor abdominal (dor na barriga) intensa e contínua;

• vômitos persistentes;

• acúmulo de líquidos em cavidades corporais (ascite, derrame pleural, derrame pericárdico);

• hipotensão postural e/ou lipotímia;

• letargia e/ou irritabilidade;

• aumento do tamanho do fígado (hepatomegalia) > 2cm;

• sangramento de mucosa; e

• aumento progressivo do hematócrito.

Portanto, em períodos fora da sazonalidade da doença é que ações preventivas devem ser adotadas. É o momento ideal para manutenção de medidas que visem impedir epidemias futuras. Nesse sentido, além das ações realizada pelos agentes de saúde, a população deve fazer a sua parte:

• uso de telas nas janelas e repelentes em áreas de reconhecida transmissão;

• remoção de recipientes nos domicílios que possam se transformar em criadouros de mosquitos;

• vedação dos reservatórios e caixas de água;

• desobstrução de calhas, lajes e ralos;